Mário Eloy: expressionista português

12 de maio de 2009

Fig. 1 - Mário Eloy, Bailarico no Bairro
Mário Eloy nasceu a 15 de Março de 1900, filho de um ourives e neto de actores, herda dessa parte da família o gosto pela arte cénica, passando por uma breve aprendizagem de representação em palco e também por outras formas de expressão plástica, como a pintura.

Após ir a Madrid ao Museu do Prado com 19 anos, ganhou a distinção de "talentoso criativo moderno" no Salão da Ilustração Portuguesa. Idealizava para a sua terra natal os mais ambiciosos projectos, Eduardo Viana convidou-o a participar na primeira Mostra de Arte Moderna em 1925. Mais tarde, António Dacosta (surrealista português) afirma que a obra de Mário Eloy é: "A pintura de Eloy aperta como um nó cego uma humanidade actual e confusa, triste e emudecida".

Após estes acontecimentos, Eloy partiu para Paris, onde descobre que Berlim era uma cidade onde o entusiasmo e a criatividade são assuntos na ribalta. A arte parisiense estava no centro da arte, tudo aquilo que o português tinha aprendido com eles, era agora inserido por si no contexto da arte alemã. Em Berlim a busca de um distanciamento do Impressionismo com as novas ideias de vanguarda progressista do absurdo e do absoluto a fazerem parte das numerosas telas da
cidade. O desenho é de um modo como os pintores não gostariam de ser representados, ou seja, têm um pouco mais a sensação da realidade de como são vistos.

Em 1932, regressou a Portugal sozinho e ganhou o prémio "Amadeo Souza-Cardoso". Com o início da 2ª Guerra Mundial, a sua mulher foge da Alemanha com o filho fixando-se na Holanda. Nessa altura o pintor, cede ao delírio com os seus quadros de 1939 a retratarem esse facto. Em1945, uma grave e rara doença que sofria atormentou-o e foi internado na Casa de Saúde do Telhal; a loucura fá-lo perder todas as suas capacidades artísticas. Morre a 5 de Setembro de 1951.
Fig. 3 - Mário Eloy, A Fuga

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