Ernst Ludwig Kirchner

26 de maio de 2009

Fig.1 - Ernst Kirchner, Austo-retrato como soldado
Expressionista alemão, fundador do grupo Die Bruke, iniciou-se em trabalhos no interior de casas e capelas, mas foi na pintura que se destacou, compondo mais de 1000 quadros. Kirchner era o executor dos catálogos e xilogravuras do grupo Die Bruke, com técnicas que aprendeu com o seu pai. Quando o grupo se separou, Kirchner levou consigo elementos da xilogravura para a sua obra seguinte: Amazónia Nua (1912), caracterizada por contrastes entre o claro e o escuro.
Fig. 2 - Ernst Kirchner, Two Women In The Street, 1914
A bidimensionalidade e a simplicidade são as maiores características das pinturas de Kirchner, cuja emoção e tormento individual são muito representadas nas suas pinturas, algumas das quaid têm elementos de: fauvismo, cubismo, e, ainda, pós-impressionismo, sobretudo Van Gogh. vistas de cidade, paisagens, retratos de seus companheiros, o corpo humano nu e cenas de circo e music-hall eram os cenários favoritos de Kirchner. Em 1911, quando se mudou para Berlim, o artista envolveu-se pela primeira vez num ambiente de metrópole moderna, e os seus trabalhos começaram a revelar uma grande tendência nas cenas urbanas com aspectos de movimento.
Fig.3 - Ernst Kirchner, Davos Im Winter, 1923
Com o início da 1ª Guerra Mundial, Kirchner revelou nos seus trabalhos as suas maiores preocupações, com um dos seus retratos da época, "Auto-retrato como soldado" mostrava-se como soldado com uma mão decepada e uma modelo nua atrás de si, num cenário de masculinidade e horror à guerra. Em 1917, quando se muda para a Suiça, as suas pinturas começam a revelar um cenário mais calmo e límpido. Em 1938, sozinho e doente, o pintor comete suicídio.Fig. 4 - Ernst Kirchner, Interieur, 1914

Grupos expressionistas

19 de maio de 2009

Fig.1 - Xul Solar
Blaue Reiter - Este grupo foi formado em 1911, em Munique mantendo-se até à Primeira Guerra Mundial. Este movimento opunha-se ao cubismo, que apesar de considerarem renovador, achavam-no demasiado realista. Neste movimento tentava-se ver o Homem a partir das sensações e sentimentos de cada um. O movimento foi responsável pela criação de uma revista: "Almanach der Blaue Reiter" e, ainda, pela criação de inúmeras exposições com o objectivo de unir a vanguarda da arte europeia. O nome teve origem na paixão de Marc pelos cavalos e no amor de Kandinsky pela cor azul ("Der Blaue Reiter", "O Cavaleiro Azul").

Die Brüke - Este grupo foi formado a 7 Junho 1905, em Dresden por um grupo de estudantes de arquitectura da Escola Técnica de Dresden. Em 1910, o grupo estende as suas publicações a Berlim, terminando em 1913 devido a discussões internas. O título do movimento deve-se ao facto de um dos seus criadores querer mostrar a passagem (ponte) para a arte do futuro, sendo esta composta pelo contacto íntimo com a Natureza. As pinturas são caracterizadas por figuras humanas (em especial as nuas) em que entra um gosto pelas cores fortes e pelo traçado violento e emocional. Tendo também uma forte linha de contorno, e uma menor noção de perspectiva.Fig. 2 - Karl Schmidt-Rottluff, Two Women

Mário Eloy: expressionista português

12 de maio de 2009

Fig. 1 - Mário Eloy, Bailarico no Bairro
Mário Eloy nasceu a 15 de Março de 1900, filho de um ourives e neto de actores, herda dessa parte da família o gosto pela arte cénica, passando por uma breve aprendizagem de representação em palco e também por outras formas de expressão plástica, como a pintura.

Após ir a Madrid ao Museu do Prado com 19 anos, ganhou a distinção de "talentoso criativo moderno" no Salão da Ilustração Portuguesa. Idealizava para a sua terra natal os mais ambiciosos projectos, Eduardo Viana convidou-o a participar na primeira Mostra de Arte Moderna em 1925. Mais tarde, António Dacosta (surrealista português) afirma que a obra de Mário Eloy é: "A pintura de Eloy aperta como um nó cego uma humanidade actual e confusa, triste e emudecida".

Após estes acontecimentos, Eloy partiu para Paris, onde descobre que Berlim era uma cidade onde o entusiasmo e a criatividade são assuntos na ribalta. A arte parisiense estava no centro da arte, tudo aquilo que o português tinha aprendido com eles, era agora inserido por si no contexto da arte alemã. Em Berlim a busca de um distanciamento do Impressionismo com as novas ideias de vanguarda progressista do absurdo e do absoluto a fazerem parte das numerosas telas da
cidade. O desenho é de um modo como os pintores não gostariam de ser representados, ou seja, têm um pouco mais a sensação da realidade de como são vistos.

Em 1932, regressou a Portugal sozinho e ganhou o prémio "Amadeo Souza-Cardoso". Com o início da 2ª Guerra Mundial, a sua mulher foge da Alemanha com o filho fixando-se na Holanda. Nessa altura o pintor, cede ao delírio com os seus quadros de 1939 a retratarem esse facto. Em1945, uma grave e rara doença que sofria atormentou-o e foi internado na Casa de Saúde do Telhal; a loucura fá-lo perder todas as suas capacidades artísticas. Morre a 5 de Setembro de 1951.
Fig. 3 - Mário Eloy, A Fuga

Características

5 de maio de 2009

O expressionismo tem duas características fundamentais:

- Não reagir apenas contra este ou aquele movimento, contra o naturalismo ou os vários movimentos emergentes na Alemanha na época, mas reage, sem mais, contra todo o passado; uma revolta contra a totalidade dos padrões, dos valores do ocidente.

- O autobiográfico não tem rosto, a arte não manifesta a subjectividade de um Beethoven, pois bem, diz o contrário, diz algo que em última análise revela o impessoal.
Como nos quadros tem que ser demosntrada uma forte subjectividade, é comum verem-se figuras solitárias e deprimidas, deformando-as para dar sentimento a toda a obra. É a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjectiva, exprimindo sentimentos humanos.

Outras características:
- Manchas de cores intensas;
- Temas ligados à psicologia;
- Desenho simples, sem preocupação com a realidade;
- Distorção intencional das imagens;Fig. 2 - Oswaldo Goeldi, Abandono
 
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